Olá nobres amigos e iluminados leitores do Blog do Gilson Eletricista.
Existem lâmpadas de vários tipos e formatos.
Os preços variam de R$3,00 a R$200,00.
O formato e a durabilidade também influem no custo.
Já substitui uma lâmpada alemã em um microscópio para exame ginecológico (me esqueci o nome e quem souber pode colocar no campo dos comentários) cuja vida útil era de mais de 10 anos e o preço em torno de R$400,00.
Quando Thomas Edson, inventou a lâmpada elétrica, diz a lenda, que instalou um circuito com várias lâmpadas para iluminar as ruas da sua cidade natal, as quais ficaram acesas 24 horas durante mais de 6 anos.
As industrias preocupadas com a longa duração das primeiras lâmpadas incandescentes, passaram a fabricar lâmpadas com a duração média de 1000 horas, para aumentar o volume de vendas e o faturamento.
E se houver um lâmpada que dure acesa por mais de 50 anos, qual seria o valor ?
Este é mais um dos contos do Gilson Eletricista.
Boa leitura !
Fui chamado para substituir um bocal de louça e instalar um respectivo circuito elétrico em uma lâmpada fixada em uma escultura em madeira retratando a Santa Ceia.
A lâmpada tinha um filamento duplo que formava uma cruz e quando acesa esta cruz ficava suavemente alaranjada.
O vidro tinha na parte inferior próximo ao soquete, detalhes foscos gravados formando desenhos.
O soquete era em latão.
A moradora, me alertou por várias vezes, que eu tivesse o maior cuidado com a tal lâmpada, porque não existia mais para a venda e por ser uma lâmpada que já estava a mais de 50 anos acesa e já ter pertencido a sua avó e mãe.
A Santa Ceia, esculpida em madeira nobre e com profundidade de 40 cm, foi comprada na França e também era outra obra de arte e antiguidade.
Mas voltando a tal lâmpada, cuidadosamente retirei-a do antigo bocal de louça e instalei um novo bocal de louça.
Como o soquete da lâmpada estava escurecido pelo tempo, com o auxílio de uma Dremel, efetuei o polimento do metal.
Com o polimento o latão do soquete ficou reluzente como ouro.
Este procedimento foi efetuado em baixa rotação e aos poucos.
A Santa ceia, com peso aproximado de 25 Kg, foi retirada e pelo aposento ao lado da parede da sala, fiz um furo com uma broca longa de 3/8 de polegada e 40 cm de comprimento, o qual saiu bem atrás dos parafusos que sustentavam o cabo de aço da parte de trás da madeira.
A definição do ponto de furação pelo aposento ao lado, foi feita, transferindo-se as medidas de altura (em relação ao piso) e de comprimento (em relação a parede da janela).
A empunhadura da furadeira precisou ficar bem nivelada, para que o furo na parede da sala não se desvia-se das medições feitas.
Recolocada a Santa Ceia na parede, a lâmpada pode ser rosqueada.
A posição do bocal teve de ser modificada, de modo que ao terminar de rosquear a lâmpada, a cruz fica-se paralela a madeira da parte de cima.
Terminado o serviço respirei aliviado, por não ter quebrado a lâmpada e ser lembrado por todas as futuras gerações como o eletricista que quebrou a lâmpada da Santa Ceia.
A atividade de um eletricista é uma profissão de risco e quanto maior a tensão elétrica maior o risco de morte.
Porém, em um trabalho como este que fiz, dependendo quem seja o dono da lâmpada, o risco também é enorme.
Vejamos alguns exemplos:
- Se o dono da lâmpada fosse um membro da Máfia italiana.
¨Don Corleone, o desastrado eletricista acabou de quebrar a lâmpada de sua finada e querida Mama...¨
- Se o dono da lâmpada fosse um chefe de uma facção criminosa em uma comunidade:
¨Chefia, o eletricista que indicaram, caiu da escada e quebrou a lâmpada da igrejinha que seu avô ajudou a construir...¨
- Se o dono da lâmpada fosse o Vaticano:
¨ Sua Santidade, o eletricista deixou a última lâmpada do Santo Sepulcro cair no chão e quebrar...¨
- Se o dono da lâmpada fosse a Torcida Organizada do Flamengo:
¨Aí galera o eletricista foi fazer um polimento no soquete da lâmpada da imagem do nosso Padroeiro São Jorge e acabou quebrando a lâmpada...¨
- Se o dono da lâmpada fosse o famoso e terrível lutador de Vale Tudo Vanderley Silva:
¨Mestre, aquele eletricista se apoiou na Santa Ceia e derrubou tudo no chão e a lâmpada quebrou...
Autor do texto e das fotos:
Gilson Carlos Pessanha
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Existem lâmpadas de vários tipos e formatos.
Os preços variam de R$3,00 a R$200,00.
O formato e a durabilidade também influem no custo.
Já substitui uma lâmpada alemã em um microscópio para exame ginecológico (me esqueci o nome e quem souber pode colocar no campo dos comentários) cuja vida útil era de mais de 10 anos e o preço em torno de R$400,00.
Quando Thomas Edson, inventou a lâmpada elétrica, diz a lenda, que instalou um circuito com várias lâmpadas para iluminar as ruas da sua cidade natal, as quais ficaram acesas 24 horas durante mais de 6 anos.
As industrias preocupadas com a longa duração das primeiras lâmpadas incandescentes, passaram a fabricar lâmpadas com a duração média de 1000 horas, para aumentar o volume de vendas e o faturamento.
E se houver um lâmpada que dure acesa por mais de 50 anos, qual seria o valor ?
Este é mais um dos contos do Gilson Eletricista.
Boa leitura !
Fui chamado para substituir um bocal de louça e instalar um respectivo circuito elétrico em uma lâmpada fixada em uma escultura em madeira retratando a Santa Ceia.
A lâmpada tinha um filamento duplo que formava uma cruz e quando acesa esta cruz ficava suavemente alaranjada.
O vidro tinha na parte inferior próximo ao soquete, detalhes foscos gravados formando desenhos.
Eu nunca havia visto nada parecido em toda a minha vida.
O soquete era em latão.
A moradora, me alertou por várias vezes, que eu tivesse o maior cuidado com a tal lâmpada, porque não existia mais para a venda e por ser uma lâmpada que já estava a mais de 50 anos acesa e já ter pertencido a sua avó e mãe.
A Santa Ceia, esculpida em madeira nobre e com profundidade de 40 cm, foi comprada na França e também era outra obra de arte e antiguidade.
Mas voltando a tal lâmpada, cuidadosamente retirei-a do antigo bocal de louça e instalei um novo bocal de louça.
Como o soquete da lâmpada estava escurecido pelo tempo, com o auxílio de uma Dremel, efetuei o polimento do metal.
Com o polimento o latão do soquete ficou reluzente como ouro.
Este procedimento foi efetuado em baixa rotação e aos poucos.
A Santa ceia, com peso aproximado de 25 Kg, foi retirada e pelo aposento ao lado da parede da sala, fiz um furo com uma broca longa de 3/8 de polegada e 40 cm de comprimento, o qual saiu bem atrás dos parafusos que sustentavam o cabo de aço da parte de trás da madeira.
A definição do ponto de furação pelo aposento ao lado, foi feita, transferindo-se as medidas de altura (em relação ao piso) e de comprimento (em relação a parede da janela).
A empunhadura da furadeira precisou ficar bem nivelada, para que o furo na parede da sala não se desvia-se das medições feitas.
Recolocada a Santa Ceia na parede, a lâmpada pode ser rosqueada.
A posição do bocal teve de ser modificada, de modo que ao terminar de rosquear a lâmpada, a cruz fica-se paralela a madeira da parte de cima.
Terminado o serviço respirei aliviado, por não ter quebrado a lâmpada e ser lembrado por todas as futuras gerações como o eletricista que quebrou a lâmpada da Santa Ceia.
A atividade de um eletricista é uma profissão de risco e quanto maior a tensão elétrica maior o risco de morte.
Porém, em um trabalho como este que fiz, dependendo quem seja o dono da lâmpada, o risco também é enorme.
Vejamos alguns exemplos:
- Se o dono da lâmpada fosse um membro da Máfia italiana.
¨Don Corleone, o desastrado eletricista acabou de quebrar a lâmpada de sua finada e querida Mama...¨
- Se o dono da lâmpada fosse um chefe de uma facção criminosa em uma comunidade:
¨Chefia, o eletricista que indicaram, caiu da escada e quebrou a lâmpada da igrejinha que seu avô ajudou a construir...¨
- Se o dono da lâmpada fosse o Vaticano:
¨ Sua Santidade, o eletricista deixou a última lâmpada do Santo Sepulcro cair no chão e quebrar...¨
- Se o dono da lâmpada fosse a Torcida Organizada do Flamengo:
¨Aí galera o eletricista foi fazer um polimento no soquete da lâmpada da imagem do nosso Padroeiro São Jorge e acabou quebrando a lâmpada...¨
- Se o dono da lâmpada fosse o famoso e terrível lutador de Vale Tudo Vanderley Silva:
¨Mestre, aquele eletricista se apoiou na Santa Ceia e derrubou tudo no chão e a lâmpada quebrou...
Autor do texto e das fotos:
Gilson Carlos Pessanha