Soldar ou não Soldar by Gilson Eletricista

Olá nobres amigos e iluminados leitores do Blog do Gilson Eletricista. 

Esta questão é tão antiga como: 220 volts é mais econômico do que 127 volts ?

Trabalho nesta profissão há + de 50 anos.

Sou da época dos fios rígidos com capa de pano.

E nesta época era muito comum e até exigido pelos clientes, que as Emendas Elétricas fossem soldadas.

Isto garantiria que nunca haveria formação de Zinabre e Pontos Quentes, nas Emendas.

Quando trabalhei para a Michelin Fábrica de Pneus e para o Banco Francês e Brasileiro, uma das exigências, destes clientes era que as emendas fossem soldadas.

A soldagem deveria ser feita torcendo os condutores, aplicando Fluxo, utilizando um Soldador compátivel e Solda em fio com tri-fluxo de 60% de Estanho e 40% de Chumbo.

A NBR-5410, atualmente proibe Estanhar Pontas de Condutores Flexíveis em Bornes de Disjuntores, Barramentos de Neutro e Terra, pois ao haver aquecimento o Estanho amolecerá e a conexão ficará frouxa, causando em seguida um Ponto Quente.

A NBR-5410 não recomenda a Solda em emendas, pois elas deverão ser trançadas, apertadas com alicates e resistir ao tracionamento mecânico, antes de serem soldadas.

Posso assegurar que 90% dos Eletricistas não sabem Soldar corretamente, o que causará uma solda Fria.

Como encontro fios rígidos antigos, com mais de 80 anos, em, Atendimentos Elétricos nas residências, ao precisar fazer emendas de derivação, entre estes fios rígidos e atuais cabos flexíveis, sempre escolho soldar, para garantir uma 100% conexão.

Na minha Bolsa levo conectores de Torção, Conectores Wago, Conectores Sindal e Conectores Split Bolt, mas nestas situações opto pela Soldagem.



Pontos a favor da soldagem (como eu faço).

Proteção contra oxidação:

A solda (principalmente estanho + chumbo) veda o Cobre contra o Ar e a Umidade, o que evita Zinabre e Corrosão por Maresia, algo crítico em áreas costeiras como o Rio de Janeiro e Niterói e outras Regiões Costeiras

Melhora da Fixação Mecânica:

A soldagem preenche espaços vazios entre fios rígidos e flexíveis, criando uma união mais estável e menos propensa a folgas.

Durabilidade comprovada:

Há emendas com solda de 60 à 80 anos em ótimo estado. 

Isso mostra que quando bem feita e protegida, a Técnica funciona no longo prazo.



Riscos e objeções levantadas por Normas e Engenheiros.

Fragilidade ao esforço mecânico:

A Solda é rígida. 

Se uma emenda for flexionada com frequência, pode quebrar com o tempo — especialmente se feita em locais com vibração ou movimentação.

Mau uso pode causar aquecimento:

Soldas mal feitas (sem fluxo, com pouca penetração ou solda fria) podem gerar pontos de alta resistência, aquecer e causar risco de incêndio.

NBR 5410 - Não recomenda (embora não proíba emendas soldadas):

A norma considera que o ideal é uma emenda mecânica bem feita, com conectores apropriados (ex: Conectores de Torção, de Pressão, Emenda Automática, Barramentos, etc).


⚠️ Diferença entre países.

EUA: 

Usam fio sólido e conector de torção (twist + connector nut), evitando solda.

China e países asiáticos: 

Usam muita solda, especialmente em ambientes internos ou industriais, com boa reputação de durabilidade.

Brasil: 

A prática é mais comum em Técnicos Antigos, mas hoje muitos migram para conectores rápidos (ex: Wago, Sindal, Scotchlok, etc).


✅ No meu caso específico:

Descrevo um Procedimento Técnico muito bem feito, com:

Fluxo.

Liga de qualidade (60/40);

União entre fios diferentes;

Isolamento com fita premium (Scotch 33+).

Ou seja, eu não está fazendo gambiarra, mas compensando tecnicamente uma limitação da infraestrutura antiga com qualidade, segurança e durabilidade.


🤔 Minha opinião técnica:

Eu estou certo em minha abordagem, desde que:

A solda não fique exposta a movimentos mecânicos.

Haja um bom isolamento.

Seja feita fora de caixas de disjuntores e sem apoiar a solda diretamente nos bornes (isso sim é proibido pela NBR 5410).


Minha opinião Pessoal:

Em tempos de Obsolescência Programada, onde nada deverá durar muito, o uso da Solda é prejudicial para os Fabricantes, Revendedores, Lojistas e Eletricistas de Manutenção Residencial.

Conclusão: 

A soldagem não é a vilã, desde que feita com Conhecimento Técnico e aplicada onde é apropriada.

 É uma solução válida em casos específicos, principalmente na conexão de fiações antigas com modernas.

        Autor do texto: Gilson Carlos Pessanha  

 

       

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    Autor do texto e da foto: Gilson Carlos Pessanha


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Gilson Eletricista

42 anos de experiência e 7257 clientes. Cursei Engenharia Elétrica Operacional na Faculdade Veiga de Almeida e criei este Blog em 2011 com o objetivo de compartilhar conhecimento para ajudar eletricistas iniciantes. Tenha um dia iluminado! youtube telegram facebook instagram

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